O pé dos diabéticos

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Escrito por Ana Mendes

O pé diabético é uma complicação grave da diabetes mellitus, que pode muitas vezes ser prevenido pela adopção de medidas preventivas adequadas. Desta forma, se é diabético deve prestar especial atenção e cuidado aos seus pés, observando-os com regularidade. Assim, considere os seguintes conselhos:

  • Mude diariamente de meias;
  • Não exponha os pés a temperaturas extremas (frias ou quentes);
  • A água do banho não deve ser superior a 32ºC, tépida. Verifique a temperatura da água com a parte interior do braço, com o dorso da mão ou com o cotovelo, antes de mergulhar os pés ou a mão por completo;
  • Lave os pés todos os dias com um sabão neutro, durante pelo menos 5 minutos;
  • Seque cuidadosamente os pés com uma toalha e sem fricção para evitar maceração da pele, com especial atenção para os espaços interdigitais, que devem ficar bem secos para evitar que se desenvolvam fungos;
  • Nunca tenha os pés húmidos;
  • Utilize um creme hidratante se a pele estiver seca, mas não aplicar entre os dedos porque promove o desenvolvimento de microorganismos;
  • Faça diariamente uma massagem aos pés (flexão e extensão ao nível do ante-pé, tornozelo e dedos para manter a flexibilidade);
  • Corte as unhas a direito, não muito rentes, após o banho ou lavagem dos pés para que estas estejam amolecidas e lime-as suavemente com uma lima de cartão. Se não tiver boa visão peça a alguém para lhe cortar as unhas;
  • Não corte ou utilize produtos químicos ou adesivos para remover as calosidades, verrugas ou unhas encravadas (apenas deve ser realizado por especialistas credenciados);
  • Nunca ande descalço, porque se fizer uma ferida devido à elevada concentração de açúcar que tem no sangue por ser diabético, a ferida demorará muito mais tempo a cicatrizar;
  • Utilize as meias com as costuras para fora ou, de preferência, sem qualquer costura. Estas devem ser de algodão e devem adaptar-se suavemente ao pé, sem pregas, dobras ou buracos;
  • Não utilize calçado sem meias;
  • Inspeccione e palpe o interior dos sapatos antes de os calçar;
  • Use calçado confortável e apropriado (cómodos e, preferencialmente, de pele, de biqueira alta e larga, de couro e com o menor numero de costuras possível, ter um tacão médio de 3 a 4 cm, usar palmilhas de carvão no caso de hipersudorese, e o calçado deve ainda ser perfeitamente adequado ao pé, às suas deformações e alterações biomecânicas);
  • Ao usar sapatos novos, ande “aos poucos” com eles em casa, até o sapato se adaptar ao pé sem o magoar;
  • Evite factores de risco cardiovascular: Não fume e controle a glicemia, tensão arterial e colesterolémia (alimentação equilibrada);
  • Pratique exercício físico moderado e com regularidade, adequado à sua situação clínica (ex: caminhadas diárias, cerca de 30 minutos por dia, a um ritmo normal).
  • Evite cruzar as pernas quando sentado;
  • Inspeccione diariamente os pés num local bem iluminado e com recurso a um espelho e informe imediatamente o seu enfermeiro de família no caso de surgirem flictenas, fissuras, dor, edema, alterações da cor e temperatura ou outras alterações neurocirculatórias;
  • Assegure-se que os pés são observados regularmente por um profissional de saúde (pelo menos uma vez por ano);
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